Morte de ditador norte-coreano deixa líderes mundiais em atenção.



O ditador norte-coreano, Kim Jong-il, morreu no sábado aos 69 anos por conta de um ataque cardíaco, segundo anúncio da agência estatal de notícias feito somente nesta segunda-feira (horário de Brasília). Lideranças mundiais expressaram condolências e demonstraram apreensão quanto ao futuro da Coreia no Norte. 

Algumas horas após a comunicação da morte, Kim Jong-un, filho mais novo de Kim Jong-il, foi anunciado como o "grande sucessor do sistema revolucionário" da Coreia do Norte pela agência estatal KCNA.
Em resposta aos acontecimentos, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, cancelou todos os seus atos oficiais e pôs seu Gabinete em estado de emergência. Os sul-coreanos vivem décadas de conflitos com o vizinho do norte. 

A casa presidencial convocou uma reunião urgente do Conselho de Segurança centrada na morte do líder máximo norte-coreano para decidir as diretrizes a seguir por Seul. 

Também as autoridades das Forças Armadas sul-coreanas convocaram uma reunião de emergência sobre gestão de crise. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul pôs todas as unidades do Exército em estado de alerta e indicou que aumentou a vigilância ao longo da fronteira com as Forças Combinadas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. 

REINO UNIDO E EUA
 
O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, pediu à nova liderança da Coreia do Norte que trabalhe "pela paz e pela segurança na região" e que participe de negociações para o fim das atividades nucleares do país, setor cujo desenvolvimento foi impulsionado por Kim Jong-il. 

Em comunicado, Hague reconheceu que a morte do ditador norte-coreano "é um momento difícil" para o povo do país, mas assinalou também que pode marcar "um ponto de inflexão". 

"Esperamos que a nova liderança (da Coreia do Norte) reconheça que o envolvimento com a comunidade internacional oferece as melhores perspectivas para melhorar a vida do povo desse país", declarou.
O governo dos Estados Unidos afirmou que "acompanha de perto" as notícias da morte do ditador e que está comprometido com a estabilidade na península coreana e a segurança de seus aliados. 

"O presidente [Barack Obama] foi informado e estamos em contato direto com nossos aliados na Coreia do Sul e no Japão", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carnei. "Seguimos comprometidos com a estabilidade na península coreana e com a liberdade e a segurança de nossos aliados". 

Na Rússia, o ministro de Relações Exteriores, Serguéi Lavrov, disse esperar que a morte de Kim Jong-il não afete as "relações de amizade" entre Moscou e Pyongyang. 

JAPÃO E CHINA
 
O Japão ofereceu suas condolências à Coreia do Norte pela "repentina morte". O porta-voz japonês, Osamu Fujimura, disse esperar que isso "não afete a paz e a segurança na península coreana". 

Segundo ele, após reunião com altos comandantes de segurança nacional, o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, ordenou "fortalecer as comunicações" com os Estados Unidos, China e Coreia do Sul.

 Fonte: FOL

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