"O menor PIB per capita era o do Piauí, agora é o do Maranhão"
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Maranhão tem pior PIB per capita do país, segundo dados do IBGE.
O estado do Maranhão apresentou o menor
Produto Interno Bruto (PIB) per capita no Brasil em 2010, informou na
sexta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O resultado foi de 6 888,60 reais. Já o maior PIB per capita do
país é o do Distrito Federal, com 58 489,46 reais.
"O menor PIB per capita era o do Piauí, agora é o do Maranhão", disse
Frederico Cunha, gerente da Coordenação de Contas Nacionais Anuais,
explicando que o crescimento da população no Maranhão foi maior que a do
Piauí e, como a expansão do PIB não a acompanhou, o PIB per capita
maranhense ficou menor.
De qualquer
maneira, a segunda pior posição na lista de PIB per capita ficou com o
Piauí: 7 072,80 reais. O estado de Alagoas ficou em terceiro lugar, com
um PIB per capita de 7 874,21 reais. "A concentração dos menores PIBs
per capita é nas regiões Norte e Nordeste", declarou.
Já a performance do Distrito Federal é explicada pela baixa densidade
populacional aliada ao elevado nível de renda. "A fatia do Distrito
Federal no PIB é muito maior que a fatia da região no total da
população. O PIB per capita do Distrito Federal é três vezes maior que o
do Brasil", acrescentou o especialista.
Melhores e piores resultados
– O PIB per capita do Distrito Federal é ainda duas vezes maior que o
de São Paulo, de 30 243,17 reais, o segundo estado no ranking. No total
nacional, o PIB per capita é de 19 766,33 reais. Em 2010, sete unidades
da federação tiveram resultado acima da média nacional: Distrito
Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Espírito Santo e Paraná.
Concentração
– Apesar do ligeiro movimento de desconcentração da riqueza no país,
oito unidades da federação ainda concentram 77,8% do PIB brasileiro: São
Paulo (33,1%), Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande
do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4,0%) e
Distrito Federal (4,0%).
Na direção
oposta, os dez estados com as menores participações no PIB somavam uma
fatia de apenas 5,3% da geração total de riqueza, relatou o IBGE. Todos
estavam localizados nas regiões Norte e Nordeste: Rio Grande do Norte
(0,9%), Paraíba (0,8%), Alagoas (0,7%), Sergipe (0,6%), Rondônia (0,6%),
Piauí (0,6%), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e Roraima
(0,2%).
No entanto, o grupo ganhou
participação de 0,3 ponto porcentual no PIB em relação a 2002, enquanto o
grupo dos oito estados mais ricos perdeu 1,9 ponto porcentual.
Já o grupo intermediário, formado pelos nove estados restantes,
abocanhava 16,9% do PIB: Goiás, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Pará,
Amazonas, Mato Grosso, Maranhão e Mato Grosso do Sul, todos com
participações entre 1,2% e 2,6%. A fatia do grupo intermediário foi a
que mais cresceu entre 2002 e 2010, em 1,5 ponto porcentual.
Norte -
Entre as regiões, o Norte foi o que mais cresceu na passagem de 2009 e
2010, com alta de 9,9%. No mesmo período, o PIB brasileiro registrou
expansão menor, de 7,5%. Tanto no Sul quanto no Sudeste, o aumento no
PIB foi de 7,6%, enquanto o Centro-Oeste cresceu 6,2%, e o Nordeste
expandiu-se em 7,2%.
Na região
Norte, o destaque foi Tocantins, com crescimento de 14,2% ante 2009 – a
maior expansão entre as 27 unidades da federação. O Tocantins foi o
estado que mais cresceu entre 2002 e 2010: 74,2%.
Houve destaque também para Rondônia e Acre, com expansão de 63,9% e
61,6%, respectivamente. Como resultado, no mesmo período, a região Norte
destacou-se entre as demais, com alta de 53,2% no PIB.
No Sudeste, destacaram-se Espírito Santo (13,8%), Minas Gerais (8,9%) e
São Paulo (7,9%), puxado pela indústria de transformação. Já o Rio de
Janeiro ficou bem abaixo da média nacional, com alta de 4,5%. No Sul, o
Paraná teve alto crescimento, de 10%.
Entre 2002 e 2010, o Brasil cresceu 37,1% em volume do PIB, uma média
anual de 4,0%. O Nordeste teve expansão de 42,4%; Centro-Oeste aumentou
45,9%; Sudeste evoluiu 35,6%; e Sul teve alta de 29,5%. Em oito anos, os
Estados que menos cresceram foram Rio Grande Sul (24,3%), Rio de
Janeiro (25,6%) e Santa Catarina (30,1%).
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