O MEC (Ministério da Educação) cortou 112 vagas de instituições de ensino superior do Maranhão que oferecem cursos na área da Saúde (enfermagem e farmácia). Três faculdades foram atingidas: Faculdade de Imperatriz (Facimp), Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão (Iesma) e Instituto Florence de Ensino Superior (IFES). Os cortes foram divulgados no Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira (29).

A redução de vagas aconteceu porque as instituições tiveram Conceito Preliminar de Curso (CPC) insatisfatório – entre 1 e 2 – na avaliação nacional de 2010. O CPC tem escala de 1 a 5 e avalia especificamente os cursos – não as instituições. O índice leva em conta a nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a infraestrutura do curso e a titulação do corpo docente.

Nos cursos de Enfermagem das faculdades maranhenses, foram reduzidas 66 vagas – 15 na Facimp, de Imperatriz; 17 no Iesma (também de Imperatriz); e 34 no Florence, de São Luís.

A Facimp agora pode oferecer 62 vagas no curso de Enfermagem, em vez das 77 abertas anteriormente. O Iesma passou de 87 para 70 vagas, e o Florence de 86 para 52.

No cursos de Farmácia, foram reduzidas 46 vagas. A Facimp passou a oferecer 44 vagas, em vez das 55 que disponibilizava (redução de 11vagas). O Instituto Florence perdeu 35 vagas em Farmácia – passou de 88 para 53.

No país – Em todo o país, o MEC cortou 3.986 vagas em cursos de nível superior na área da saúde – também contando, além de enfermagem e farmácia, o curso de odontologia.

Esse é o primeiro “pacote” de cortes de vagas por desempenho insatisfatório. O MEC divulgou, no dia 17 deste mês, os resultados da avaliação de cursos e instituições de 2010 e anunciou então a redução de 50 mil vagas.

As entidades que repetiram em 2010 um conceito insatisfatório em outro ano tiveram um acréscimo de 30% no número de vagas cortadas, em relação às demais.

Além da redução no número de vagas, essas instituições tiveram suspensos todos os processos de regulação no MEC relativos aos cursos em questão, a autonomia para abrir novas vagas (no caso de universidades e centros universitários) e ainda vão passar por um processo de supervisão, que envolve uma espécie de auditoria e um plano de saneamento de falhas.

O maior corte foi no curso de Enfermagem. Foram 2.572 vagas fechadas a partir do próximo ano letivo, sendo 1.379 em universidades e centros universitários e 1.193 em faculdades, escolas e institutos. No total, foram atingidas 88 instituições.

Em farmácia, foram atingidas 40 instituições de todo o país que perderam um total de 1.107 vagas.

O MEC também cortou 307 vagas de Odontologia em 20 instituições de todo o país.

O ministério já havia divulgado o corte de 514 vagas oferecidas em 16 cursos de bacharelado em Medicina que tiveram conceitos insatisfatórios. (Com Folha Online)