Nesta quarta-feira, até mesmo o contido líder do governo, deputado César Pires, partiu para tentar desqualificar a última pesquisa realizada na capital pelo Data M – aliás, o único instituto que acertou nos dois turnos das eleições municipais em São Luís – que revela Flávio Dino com 38,1%, Eliziane Gama com 17% e Luís Fernando com apenas 9,4%.

Pires tentou de todo o jeito desacreditar os números dp Data M, questionando quem o contratou e a ligação do proprietário do instituto com o vice-prefeito, Roberto Rocha. Falou, falou, mas em momento algum contrapôs os resultados com outra pesquisa com resultados diferentes para que realmente pudesse se instalar a dúvida.

Mas nada. Para completar basta lembrar que desde Roseana Sarney ocupou os Leões depois do golpe judicial contra Jackson Lago em 2009 nenhuma pesquisa da aprovação do seu governo foi publicada no diário oficial da família, o jornal O Estado do Maranhão.

Ao contrário dos dois governos anteriores da filha de Sarney iniciados em 1998, quando a sua aprovação era acima dos 60%, e que semanalmente era estampados nas manchetes o desempenho de Roseana.

Não é preciso nenhuma pesquisa do Data M para revelar que a situação hoje é outra. A ausência das pesquisas por eles contratadas é revelador.

Foi o que também demonstrou a bancada de oposição na AL, diante da obrigação do líder em defender o seu governo e o seu candidato.

“Eu não acredito que vocês (grupo Sarney) estejam reclamando de pesquisas, logo vocês que possuem todas as condições de contratar quantas pesquisas quiserem e apresentar ao eleitorado? Porque não fazem? Pra não confirmar o que o Data M constatou? Só isso justifica a não contratação de uma pesquisa por vocês”, observou o deputado Bira do Pindaré.

Para Pindaré, o desespero do candidato do governo é justificado porque ele não consegue decolar. O parlamentar atribuiu a intervenção de César Pires a “choro de quem não consegue despertar credibilidade da  população”.

Os deputados Marcelo Tavares e Othelino Neto, após enumerar as razões que levaram ao descrédito da governadora e do seu candidato, apontando como causa principal a crise no sistema penitenciário que chamou atenção do mundo para a carnificina em Pedrinhas, desafiaram o grupo Sarney a contratar, registrar e publicar uma pesquisa para contestar as que já foram publicadas.

Os representantes da oligarquia na Assembleia Legislativa não disseram se aceitam ou não o desafio, prova de conhecem a fraqueza do candidato Luís Fernando, que mesmo assinando ordem de serviço em praça pública, não consegue decolar e ainda corre o risco de ser rifado da sucessão estadual.

Sabem que ao fazê-lo vão na verdade confirmar os números do Data M.