Veja as respostas dos governos do Maranhão e do Rio Grande do Norte..


Governos do Maranhão e do Rio Grande do Norte dão explicações sobre as irregularidades dos hospitais mostradas no programa do dia 5 de junho. 

 

Da Redação
 
Resposta da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte
Sobre o hospital de Pau dos Ferros:

Na UTI, faltam monitores e respiradores. Os respiradores novos ainda estão em caixas e não podem ser usados porque, de acordo com um funcionário, faltam peças que custam cerca de R$ 9 cada e ainda não foram adquiridas.
Na verdade, não faltam “peças”, posto que sejam novos. A falta de uso se deve a falta de filtros específicos, cuja aquisição está em fase de licitação.

Não havia gaze nem medicamentos básicos, como ranitidina. Uma paciente disse que teve comprar.Os insumos (incluindo medicamentos) para os Hospitais estaduais são adquiridos mediante licitação, geralmente na modalidade pregão. As demandas são encaminhadas pelos Hospitais à Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), que promove a aquisição. Há permanente fluxo de compras, de modo a evitar desabastecimento. A SESAP está montando equipe de farmacêuticos para avaliação e acompanhamento dos estoques para desenvolver técnicas e mecanismos de controle, a fim de evitar problemas como o relatado.

Durante o dia, as luzes estavam apagadas. A faxineira disse que as lâmpadas só são ligadas depois das 17h, quando a luz natural cai.
Como em qualquer ambiente construído, as lâmpadas são acesas quando é necessária iluminação artificial – independentemente do horário.

Uma paciente, cuja filha teve que ser transferida para Natal, disse que teve que pagar R$ 150 para uma enfermeira ir acompanhando ela e a filha até a capital, o que foi confirmado pela própria enfermeira. O motivo, de acordo com ela, é que o hospital não conta com enfermeiras em caso de transferência.A transferência de pacientes, quando necessária, deve ser feita com o acompanhamento de profissionais treinados para tanto e conforme designação da direção do Hospital. A SESAP instaurará sindicância para apurar o caso.

O motorista da ambulância diz que há uma cota de 60 litros por dia para serem gastos com a ambulância. Essa cota não pode ser ultrapassada, ou seja, a ambulância teve que ficar em Natal e não pôde retornar no mesmo dia, deixando de prestar serviço em Pau dos Ferros.Todos os veículos do Estado possuem cota de abastecimento, como medida de controle. O abastecimento é feito em postos credenciados. Cada veículo possui equipamento, com chip, que controla a quantidade de combustível fornecida. Nos casos de necessidade de viagem, obviamente que o abastecimento deve corresponder à suficiência de combustível para percorrer o trecho de ida e volta. Para tanto, o responsável pelo setor de transporte e/ou o próprio motorista deve solicitar o abastecimento suficiente – que é promovido agilmente, com liberação no sistema informatizado de controle. A SESAP instaurará sindicância para apurar o caso.

A ambulância que acompanhamos foi a única que estava funcionando. Em um pátio ao fundo do hospital, encontramos 3 ambulâncias quebradas.Existe, servindo ao Hospital, duas ambulâncias: (1) de placas NNO 0136, Renault, que atende a demandas internas, estando atualmente em revisão para conserto; e outra (2) de placas NNZ 1288, Fiat Ducato, que faz viagens. Os veículos ao fundo do pátio irão a leilão de bens inservíveis, a ser promovido pela Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos - SEARH.
Sobre o Hospital Regional do Seridó, em Caicó

Ausência de médico intensivistaHá carência de profissionais médicos, de várias especialidades em todo o país. Não há nenhum médico, dessa especialidade, aprovado em concurso público, que possa ser convocado/contratado. Necessidades são preenchidas por plantões eventuais.

UTI despreparada, com respiradores quebrados. Também encontramos respiradores novinhos que não podiam ser usados pelo mesmo problema de Pau dos Ferros: a falta de pecinhas baratas.Os respiradores novos precisam de filtros, conforme explicado no questionamento sobre problema idêntico no Hospital de Pau dos Ferros.

Faltam luvasO suprimento de insumos se dá como explicado anteriormente, a respeito do Hospital de Pau dos Ferros. Casos pontuais de desabastecimento, infelizmente, ocorrem, mas são prontamente resolvidos.

Havia apenas um médico de plantão, e ele estava debilitado por conta de um AVC. Não seriam necessários outros médicos para auxiliá-lo?Mediante parceria com o Município, há médicos que completam escala de plantão nos Hospitais Regionais. O médico em questão, não obstante tenha dificuldade motora (sequela de AVC que lhe acometeu há vinte anos), não o incapacita para o trabalho, que desempenha com dedicação, respeito e eficiência.

Resposta de Sérgio Macêdo, Secretário de Comunicação Social do Estado do Maranhão

Quais os critérios utilizados para a escolha das cidades onde foram construídos os 72 hospitais do programa Saúde é Vida?
Necessidade da interiorização da assistênca médica, contemplando todas as regiões do Estado.
Como o governo respondeu à denúncia feita pelo Ministério Público de Contas do Maranhão de que 35 hospitais foram construídos sem licitação?Denúncias de origem política. Tudo está sendo feito rigorosamente dentro da Lei.

Por que inaugurar os 65 hospitais num ano eleitoral, sendo que na revista online da Secretaria, os hospitais são prometidos para 2011?No Brasil, os anos eleitorais se dão ano sim, ano não. Os hospitais estão sendo inaugurados tão logo se vençam as etapas de costrução, equipagem e de montagem dos quadros de médicos, enferemeiros e demais servidores.

Fonte: Profissão Repórter

0 Comentários " Veja as respostas dos governos do Maranhão e do Rio Grande do Norte.. "

Postar um comentário