Professores do Estado podem parar se Estatuto do Educador não for aprovado.




Os educadores da rede estadual podem parar as atividades no início do segundo semestre letivo de 2012, caso continue o impasse para a aprovação do Estatuto do Educador. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) informou na manhã de sexta-feira (22) que o texto definitivo da proposta revisada do Estatuto foi fechado no mês de maio, deste ano, e entregue ao governo do Estado, mas até o momento a proposta não foi enviada para votação na Assembleia Legislativa, conforme compromisso assumido pelo Executivo, com a categoria, há um ano, no final da greve de 2011.

Segundo o diretor de Comunicação do sindicato, Júlio Guterres, o impasse foi estabelecido em reunião realizada na noite da última terça-feira (19), na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), entre os diretores da entidade e o secretário titular da pasta, Bernardo Bringel, que, atualmente, responde pela Educação e pela Secretaria de Planejamento. Guterres explicou que o governo teria dito que fez um estudo de impacto e que a aprovação do estatuto nos termos em que foi elaborado causaria um impacto de R$ 180 milhões aos cofres públicos, o que neste momento seria inviável. “Na realidade a categoria possui atualmente 25 níveis distintos, mas a proposta do governo aplica o mesmo salário a todas as referências, portanto, o estatuto não é obedecido, já que as progressões, ou seja, a evolução salarial não tem sido respeitada e por isso tal impacto orçamentário. A proposta do sindicato é para que se reduza de 25 para nove classes, e que cada um educador possa alcançar uma evolução definida em escalas de um a seis, dentro do seu próprio nível”, explicou.

De acordo com Júlio Guterres, existe um acúmulo em torno de 25 mil progressões que deveriam ser concedidas a professores da rede pública estadual, que somam muitos anos de serviço na rede. Porém, o governo teria autorizado somente 500 progressões. Ele disse que nos próximos dois anos, cerca de 10 mil professores entrarão com o pedido de aposentadoria por tempo de serviço e pontuou que a maioria já deveria estar no último nível da carreira de educador, que é a referência 25. Mas, para conseguir a respectiva progressão, o educador tem que requerer o direito na Justiça, uma vez que o Estado se recusa a conceder tal benefício.

“O secretário disse que disse que o governo não tem condições financeiras de fazer o enquadramento na carreira dos educadores, como prevê a proposta do Estatuto do Educador. E disse que a acumulação de progressões seria em decorrência do não cumprimento por governos anteriores. Porém, ele precisa entender que os trabalhadores não têm culpa pela omissão dos gestores com a educação no estado e o mais importante é que com a aprovação do Estatuto, as progressões passarão a ser automáticas, por força da lei,”, declarou.

Prazo para contraproposta – O diretor do Sinproesemma pontuou que o governo do Estado pediu um prazo para apresentar uma contraproposta até o início da próxima semana. Porém, ele ressaltou que, caso o impasse continue, o segundo semestre do ano letivo de 2012 pode não começar em agosto. “Na realidade, o secretário nos disse que ficou de redefinir a proposta de maneira escalonada. Mas, caso isso não aconteça ou o documento apresentado não seja satisfatório, a categoria já começará o segundo semestre letivo com uma jornada de lutas definida em assembleias futuras”, disse Guterres.

POR JULLY CAMILO

1 Comentários " Professores do Estado podem parar se Estatuto do Educador não for aprovado. "

  1. Anônimo says:

    OS ÚLTIMOS GOVERNOS ACABARAM COM A EDUCAÇÃO NO BRASIL, OS POLÍTICOS ORA NO PODER QUEREM UM POVO “ABESTADO”, COMO DIZ O TIRIRICA, PARA MELHOR APROVEITAREM-SE DA NOSSA RIQUEZA E DO DINHEIRO PÚBLICO. PARA ISSO, O PRIMEIRO CAMINHO É DIZER QUE VALORIZA A ESCOLA E DESVALORIZAR O PROFESSOR. É UMA ESTRATÉGIA DIABÓLICA. O ALUNO ESTÁ SENDO ENGANADO E SERÁ UM ADULTO ESCRAVIZADO PELAS “BOLSAS-MISÉRIAS-VOTOS”.

    NÃO ESXISTE VALORIZAÇÃO DA ESCOLA COM PROFESSOR ESCRAVIZADO!

    OUTRA ESTRATÉGIA DIABÓLICA PARA CONSUMAR A LESA À PÁTRIA É GASTAR MILHÕES DO ERÁRIO COM PROPAGANDAS MENTIROSAS E INSTITUTOS DE PESQUISA CHAPA-BRANCA.

    Expressão de pensamento retirada de textos do movimento: “A REVOLTA DAS BENGALAS E DAS CADEIRAS DE RODAS” que gira na net.

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