Flávio Dino não será candidato a prefeito de São Luis.



O presidente da Embratur e ex-deputado federal Flávio Dino oficializou junto ao PCdoB a desistência de disputar a eleição em São Luís como candidato a prefeito da capital. O grupo político de Dino busca o consenso entre quatro candidatos da oposição ao prefeito Castelo.

O presidente do diretório municipal do PCdoB, Marcio Jerry, já descartou a possibilidade do presidente da Embratur e ex-deputado federal, Flávio Dino, ser candidato. Segundo Jerry, Dino busca o consenso entre Tadeu Palácio (PP), Edivaldo Holanda Júnior (PTC), Eliziane Gama (PPS) e Roberto Rocha (PSB).

“Nós insistimos no consenso entre os pré-candidatos. E assim, o Flávio não deve mesmo ser candidato. Insistimos em construir uma boa proposta para São Luís e a entramos nos quatro pré-candidatos do grupo”, avaliou Jerry.

Flávio enviou o comunicado ao partido na semana passada afirmando que não teria condições de disputar a prefeitura de São Luís em virtude do falecimento de seu filho, Marcelo Dino. Isto torna oficial a decisão de Dino de não ser candidato este ano, e acirra a disputa entre os seus pré-candidatos pela indicação.

O PCdoB tem sido fiel da balança no grupo de oposição ao prefeito João Castelo e ao petista Washington Oliveira. O presidente do PCdoB de São Luís admite que o nome de Flávio tomou importância no resultado, mas nega que o ex-deputado federal irá impor “seu” candidato. “Flávio tem um papel decisivo neste cenário. Inegavelmente é uma liderança consolidada em São Luís e no Maranhão. Mas ele não pode dizer quem é o candidato. Temos uma relação respeitosa com os candidatos e com os partidos. Tentamos construir a candidatura pelo consenso”, afirmou.

O PCdoB tenta unir os quatro pré-candidatos para ter um só na disputa de outubro. Márcio Jerry admite que isto pode não ocorrer, pois ainda depende do grau de unidade dos candidatos.

Sobre a pesquisa Escutec, divulgada na semana passada, que demonstrava ampla vantagem de Flávio Dino, o presidente do PCdoB ludovicense disse que não empolgou o comunista que acredita na vitória de um de seus candidatos. “Desde 2011, o patamar de Flávio nas pesquisas era esse. Sabemos que temos um candidato com plena condição de vencer no primeiro turno. Mas temos que pensar no melhor para São Luís e para o Maranhão”, afirma. Partidos do campo da oposição trabalham como uma data limite: dia 15 de maio, para tomar uma decisão sobre candidatura.

PDT no grupo flaviano
É cada vez mais forte a aproximação do PDT com o grupo de Flávio Dino, mas precisamente com a pré-candidatura do deputado federal Edivaldo Holanda Júnior. Os pedetistas Weverton Rocha e Julião Amim continuam liderando a articulação com a direção nacional do partido para que este siga o rumo da candidatura do petecista.
Jerry elencou oito partidos como aliados do chamado “Campo Democrático e Popular”.

São eles: PCdoB, PP, PSB, PTC, PPS, PRTB, PPL e PDT. “O PDT tem dialogado conosco, através do presidente Julião Amim, e do secretário-geral Weverton Rocha. O presidente nacional, Carlos Lupi, tem dialogado conosco muito fortemente, em uma clara indicação que devem ficar conosco. Há uma grande dificuldade do PDT apoiar candidato do PSDB em uma capital, pela aproximação do partido com a presidente Dilma”, afirmou.

O deputado Edivaldo Holanda já preparou gesto a favor de Weverton. Ele deve se licenciar ainda esta semana da Câmara Federal por 121 dias e abrir a vaga para o suplente pedetista. O que sinaliza uma aproximação mais estreita com o grupo de Weverton. Os pedetistas que desejam o apoio ao prefeito João Castelo ainda não desistiram e brigam junto á direção nacional para manterem a aliança PDT-PSDB.

  Por outro lado, o grupo Resistência Democrática, liderado por Igor e Clay Lago, parecia vencido na disputa, mas deve ganhar um novo fôlego. O grupo defende a candidatura própria do PDT com o nome do ex-ministro do STF, Edson Vidigal, e terão uma voz forte no cenário nacional.

Com a indicação do deputado Brizola Neto para o Ministério do Trabalho, o grupo ganha um aliado nacional. Brizola Neto vinha reclamando da forma como os Lago estavam sendo tratados no Maranhão. Com a força de ser o único ministro da legenda, Brizola deve interceder em favor do grupo da família de Jackson Lago. 

Fonte: O Imparcial 

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