MARANHÃO: CADA VEZ MAIS POBRE- Municípios com pior renda per capita do país estão no Maranhão; para oposição Roseana deveria se explicar.
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Os três municípios com a pior renda per
capita média do país estão no Estado do Maranhão, de acordo com o IDHM
(Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) 2013, divulgado nesta
segunda-feira (29) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento), em Brasília. Os dados se referem a agosto de 2010,
medidos pelo Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
Das capitais
brasileiras, apenas cinco delas aparecem entre os 20 municípios de maior
IDHM: Florianópolis (3º), Vitória (4º), Brasília (9º) e Belo Horizonte
(20º).
Em Marajá do Sena, o pior avaliado no
quesito, a renda média por habitante é de apenas R$ 96,25. Já em
Fernando Falcão, vice lanterna no ranking, o valor é de R$ 106,99, e em
Belágua R$ 107,14.
A cidade de São
Caetano do Sul, em São Paulo, tem a maior renda per capita média do
país, com R$ 2.043. A média nacional é de R$ 794.
A renda per capita média obtida pela soma dos salários da população dividido pelo número de habitantes.
Explicação
Para
o presidente Embratur, Flávio Dino, a governadora Roseana Sarney e seu
grupo político, que comandam o estado há quase cinquenta anos, seria bom
tom virem a público “dizer o que acham de resultado tão desastroso e
vergonhoso para o Maranhão”.
“O Índice
de Desenvolvimento Humano do Maranhão é de 0,639, à frente somente de
Alagoas (0,631). O primeiro lugar é o DF com 0,824. Em renda, o Maranhão
fica em ultimo lugar, com índice de 0,612. Isso é indecente,
inaceitável. Das 100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão. Das 100
cidades com melhor IDH, nenhuma é do Maranhão. Legado dos 50 anos de
mando oligárquico”, indignou-se Dino.
Líder
da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Rubens Júnior disse
que o grupo político que levou o Maranhão a esses índices negativos não
pode continuar governando o estado. “E tem gente que quer continuar este
modelo político-administrativo ineficaz, que tanto maltrata nosso povo.
Um estado tão rico, com terras férteis, clima bom, povo trabalhador,
rios, litoral extenso, tantos potenciais… Nas mãos erradas, de poucos”,
afirmou o parlamentar.
Em tom irônico,
o deputado Othelino Neto alertou que tentarão colocar a culpa pelos
resultados vergonhosos na oposição. “E a oligarquia ainda quer falar em
mudança. De fato mudaram muito o MA nas últimas décadas. Ficou mais
pobre, mais desigual e mais endividado”.
O
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 divulgado pelo Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o PNUD (Programa das Nações
Unidas pelo Desenvolvimento no Brasil) nesta segunda-feira (29),
apontou, no ranking apresentado pelos institutos, que o Maranhão obteve
nota 0,639 – numa escala que varia entre 0 e 1.
O
Maranhão ficou em penúltimo lugar na avaliação geral feita pelo Atlas
do Desenvolvimento, ficando à frente apenas do estado de Alagoas, que
obteve resultado 0,631.
As cidades com
notas mais próximas de 1 no IDHM são São Caetano (SP, com índice
0,862), Águas de São Pedro (SP, com 0,854) e Florianópolis (SC, com
0,847).
Os piores índices foram
registrados em Melgaço (PA, com 0,418) e Fernando Falcão (MA, com
0,443). Na “lanterna” do desenvolvimento municipal está também Marajá do
Sena (MA), com 0,452.
Fonte: Jornal Pequeno