Sarney deixa Senado, mas as indicações não: Dilma nomeia ex-advogada de Roseana para o TSE
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Ex-advogada substitui relator do processo de cassação da governadora do MA
A
presidente da República, Dilma Rousseff, nomeou nesta quarta-feira, a
ex-advogada da governadora Roseana Sarney (PMDB), Luciana Lóssio para o
cargo de juíza titular do Tribunal Superior Eleitoral, em substituição a
Arnaldo Versiani, que é o relator do processo de cassação de Roseana
por abuso de poder econômico e político.
A nomeação foi publicada
nesta quarta-feira (6/2) no Diário Oficial da União. Luciana será a
primeira mulher a ocupar a cadeira de ministra em uma das duas vagas
destinadas a advogados no tribunal.
Agora, além de contar com os
quadris do procurador geral, Roberto Gurgel, que sentou em cima do
processo e não deu o seu parecer sobre o caso, a família Sarney conta
com com o reforço de uma ex-advogada para defender seus interesses, como
ocorre no TRE, onde José Carlos Sousa e Silva, também ex-advogado da
família, segura processo movido pelo Ministério Público Eleitoral com o
mesmo objetivo de cassar o mandato da governadora.
A lista para
escolha dos ministros que ocupam as vagas de advogado no TSE é feita
tradicionalmente pelo Supremo. De acordo com o artigo 7º, inciso II do
Regimento Interno do STF, “compete ainda ao Plenário — eleger, dentre os
ministros, os que devam compor o Tribunal Superior Eleitoral e
organizar, para o mesmo fim, as listas de advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral a serem submetidas ao presidente da
República”. Além de Luciana Lóssio, compunham a lista tríplice enviada à
presidente Dilma pelo Supremo Tribunal Federal os advogados Admar
Gonzaga e Joelson Dias.
Luciana Lóssio é advogada com conhecida
atuação no TSE, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal
Federal. Tem 38 anos, trabalhou na área jurídica da campanha da
presidente Dilma Rousseff (PT) e também advogou para o ex-governador
José Roberto Arruda, então no DEM, e para Roseana Sarney (PMDB).
Antes
de compor o TSE, a advogada atuou em defesa do deputado federal Sandro
Mabel (PR-GO), quando ele obteve o direito de se desfiliar do Partido da
República sem perder o mandato na Câmara dos Deputados sob acusação de
infidelidade partidária. O então ministro Marcelo Ribeiro reconheceu a
justa causa para a desfiliação depois que o próprio partido afirmou que
“a manutenção do Requerente (Sandro Mabel) em nosso quadro de filiados
causará indiscutivelmente constrangimentos de natureza política para
ambas as partes, como de fato vem ocorrendo”.
Sandro Mabel entrou
com ação no TSE com o argumento de que foi vítima de discriminação
pessoal da direção e de outros integrantes da legenda, o que
justificaria sua saída do partido sem a punição de perda do mandato.
Convenceu.
Fonte: JP
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